quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Giiiiiirl.

Há muitas coisas que eu poderia dizer agora, inclusive sobre uma garota. Muitos diziam que à conheciam melhor que ela mesma, mas eles não conhecem nem a si próprios.
Há tantas coisas que a pessoa vai se tornando, se tornando e quando viu, babau, já era. Juventude é isso aí sabia? Em uma primavera ela era uma menina mimada que ia ao colégio religioso, embora não gostasse de estudar, mas tava lá, adoorando estar em sala "zoando", como diriam esses jovens de hoje. Na outra primavera, era uma porra-louca, desiludida com a vida e principalmente, com o amor, que tantas vezes (ou só uma?) fora arrancado bruscamente do seu peito, tão novo. E quando não se tem mais essa tal de esperança, que tanto falam, é dificil continuar seguindo, é dificil acreditar em alguma coisa. E tem coisas como: nunca-mais-vou-me-apaixonar-de-novo, não-preciso-de-ninguém e ainda te falam que é preciso ter ideáis para viver? Ela dizia que nunca teve porra de ideal nenhum, e que as coisas eram capitalistas mesmo, mas que só queria ser feliz. E que sempre vinha um idiota pra destruir, pra dilacerar, pra acabar com o coração, já tão cheio de marcas e poços. E mais uma vez, cansada de tudo, repetia: nunca-mais-vou-me-apaixonar-de-novo.
Mas dessa vez era diferente, ela não sabia da onde vinha toda essa iluminação. Só foram quatro ou cinco conversas, algumas cantorias e nada mais. E dizia pra si que não era assim, que as coisas não eram desse jeito, que não era esse o tempo, era final de primavera, como poderia? Acontece que não tinha preparo algum para dar nome às emoções e que o verão estava batendo à porta.
Ele desejava sempre, poesias, canções, mas nunca primaveras, talvez nem soubesse o que isso significasse para ela, mas desejava fé, FÉ cara. Eles eram diferentes, eles não concordavam em muitas coisas, mas eram muito parecidos, de jeitos inteiramente diferente, eram espantosamente parecidos. Mas apesar das diferenças (ou semelhanças) eles tinham algo em comum: eram loucos um pelo outro. Mas ainda não sabiam disso, ou sabiam, mas não admitiam, ou ele sabia, mas ela não.

[...] eu continuo, acabou minha imaginação :)

Um comentário:

The Giaour disse...

Eu quero te ver terminar esse post :)