sábado, 30 de agosto de 2008

Não sei por que insisto tanto em te querer
Se você sempre faz de mim o que bem quer
Se ao teu lado sei tão pouco de você
É pelos outros que eu sei quem você é
Eu sei de tudo com quem andas, aonde vais
Mas eu desfaço o meu ciúme mesmo assim
Pois aprendi que o meu silêncio vale mais
E desse jeito eu vou trazer você pra mim

E como prêmio eu recebo o teu abraço
Subornando o meu desejo tão antigo
E fecho os olhos para todos os teus passos
Me enganando só assim somos amigos
Por quantas vezes me dá raiva de querer
Em concordar com tudo o que você me faz
Já fiz de tudo pra tentar te esquecer
Falta coragem para dizer que nunca mais
Nós somos cúmplices, nós dois somos culpados
No mesmo instante em que teu corpo toca o meu
Já não existe nem o certo nem errado
Só o amor que por encanto aconteceu

E é só assim que eu perdôo os teus deslizes
E é assim o nosso jeito de viver
Em outros braços tu resolves tuas crises
Em outras bocas não consigo te esquecer



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Fagner destruiu o que sobrava de mim :/

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Você sente falta de mim? Fala a verdade... Eu tenho feito muita loucura por sua causa. Eu tenho pisado em muitos homens para poder pisar em você. Tenho beijado muitos homens para poder beijar você. Sabe o que eu faço? Faço eles dizerem que me amam, que são capazes de tudo, que são loucos por mim. Faço dizerem tudo que eu gostaria de ouvir de você. Você acha que, porque eu vivo de fingir sentimentos, eu não sinto nada? Pois eu sinto sim, sinto muito mais do que você."


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"...sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava."

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[dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender melhor...]
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Cansada.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

'Eu tô muito frágil e meu carinho por você vai sempre existir dentro de mim, mas eu acho que é hora da gente parar de se tratar como se alguma coisa entre nós fosse acontecer: saliva, cheiro, suor. Não me alimente. (...) Não quero deixar o meu carinho se aprofundar, não entranhar tanto ou mais do que poderia, deveria. E nem é tão complicado assim, eu mal te conheço, você mal me conhece. Se não prosseguirmos, fica você achando que eu sou louca e eu te achando inalcançável. Talvez eu tenha a mania de confundir tudo, talvez...'



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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.'


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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

“Tudo isso me pertubava porque eu pensara, até então que, de certa forma toda a minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco um albúm de retratos. Carregada sentenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores dos edifícios altos e em todos os lugares onde, de repente, ficava sozinha comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes e não me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido – da mesma forma – revendo antigas fotografias. Mas eu não podia, eu não podia mas não devia, ou podia mas não queria, ou não sabia mas como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar. Mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestruitiva do que insistir sem fé nenhuma? Essa aceitação ingênua de quem não sabe que viver é, constantemente, construir e não derrubar. De quem não sabe que esse prologando construir implica erros – e saber viver implica em não ver esses erros, em suavizá-los e distorcê-los ou mesmo elimina-los para que o restante da construção não seja ameaçado. E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói.”

terça-feira, 12 de agosto de 2008

"então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és e unicamente assim é que me queres e me utilizas todos os dias, e nos usamos honestamente assim (...) e passo a passo afundo nesse charco que não sei se é o grande conhecimento de nós ou o imenso engano de ti e de mim..."


AAAAAAAAAAAhh Caio *-*

sábado, 9 de agosto de 2008

Para atravessar agosto é preciso, antes de mais nada, paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro -- e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições (...) Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um...Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto (...) pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos. Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter demais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco’