sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mas depois passou.
Tudo se acalmou.
Foi só um momento ruim.
Essas fases más, de falta de paz,
De insônia e de botequim.
Mas cansei de vagar,
fiquei farto de bar,
De perfume vulgar, cigarro e gin.

Eu não tenho ninguém, mas preciso de alguém,
Pra evitar o meu fim.
Eu não posso ocultar o que o amor me fez.
Eu não quero passar por tudo outra vez
Pra sofrer e chorar mais uma ilusão,
Eu me ajeito com a solidão

Mas cansei de ficar
Completamente só
E essa falta de amor também já sei de cor
Só me resta esperar
Que a chama da paixão
Volte ao meu coração’






Destruindo meu coração com Fagner :~

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.


:~


[Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada]
Estudar, estudar.
O que mais fazer? -.-

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Será que isso que a gente chama de amor se passa sempre fatalmente em dois níveis? O da fantasia, da emoção real, poética - e o da realidade que descamba para a agressividade, para a dureza? Por que, na segunda-feira, eles (nós) não revelam a carência do fim de semana e se dizem coisas duras? Realmente, por que, afinal? Se não seria mais fácil se a verdade pudesse fluir? Um pouco mais além: mas será que a verdade poderia mesmo fluir? Será que a verdade e a fluência não se opõem, contrapõem?E coisas como: amor existe mesmo? Ou só existe o permancer de braços abertos, pronto (a) a receber alguém que nem sequer chega a tomar forma? E quando alguém, no plano real, toma forma, a gente imediatamente projecta toda aquela emoção presa na garganta do sonho. E fatalmente se fode, porque está tentanto adequar/ajustar um arquétipo, uma imagem de toda a nossa infinita carência, nossa assustadora sede, a uma realidadezinha infinitamente inferior...

[...] Há demônios às vezes incontroláveis que me vêm a tona.



[Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida]

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Evite meu amor
recuse os braços meus
evitarei os beijos teus.
Culpado foi o destino
se somos dois feridos
pois preparou a trama
e entregou a cupido.
Bem vejo estais chorando
por certo chorarei.
Ferido está teu coração.
E peço-te perdão das vezes que errei,
mas este amor evitarei.


Cartola destrói :~

Evitarei os beijos teus sim, I don't feel fine.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar pros sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, "embonitar" a coisa, portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dita. Sei que é complicado, mais contar falsifica, é isso que quero dizer - e pensando mais longe, por isso mesmo literatura é sempre fraude.

Quanto mais não-dita, melhor a paixão.



[Quem diria que viver ia dar nisso? Abrace sua loucura antes que seja tarde demais.]

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz



Chico B. arrasando por mim ^^

[Me perdoa se eu me excedo em minha euforia,mas é que agora sei o que é felicidade.]

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Essa menina que você seduz
E um dia depois
Sem mais nem mais, esquece
Ela, no fundo, é uma atriz
Quando beija a sua boca
E nada acontece

Essa menina pode ir pro Japão
Na vida real
Você é quem enlouquece
Apaga a última luz
E nos cantos do seu quarto
A figura dela fosforesce
Ao som do último blues
Na Rádio Cabeça
Se puder esqueça
A menina que você seduz





a mais pura verdade.

domingo, 19 de outubro de 2008

Diga ao primeiro que passa
Que eu sou da cachaça
Mais do que do amor
Diga e diga de pirraça
De raiva ou de graça
No meio da praça, é favor(...)

Diz que é pra tomar cuidado
Sou um desajustado
E o que bem lhe agrada, meu bem
Mas fica
Mas fica, meu amor
Quem sabe um dia
Por descuido ou poesia
Você goste de ficar'




aiai, eu nem quero mais dias como ontem :x
sai com as garotas.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Não quero ninguém. Nem você. Quero não, boy (..) Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor.

Cuidado, comigo: um dia encontro.

(..)Divida essa sua juventude estúpida com a gatinha ali do lado, meu bem. Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula porra-louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, puro simulacro.




Um dos mais fodas do Caio *-* E como sempre, falando por mim.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A solução, concordo, não está na temperança. Nunca esteve nem vai estar. Sempre achei que os dois tipos mais fascinantes de pessoas são as putas e os santos, e ambos são inteiramente destemperados, certo? Não há que abster-se: há que comer desse banquete. Ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos. Na verdade, não há caminhos. E lembrei duns versos dum poeta peruano (será Vallejo? não estou certo):

“Caminante, no hay camino. Pero elcamino se hace ai andar”.

(…) Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem.





[Não existe nada de mais esterilizante do que a perfeição de não se querer nada além do que está à nossa volta]

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios.




[Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico]
não é pra o meu bico mesmo :~

sábado, 11 de outubro de 2008

Sinto abalada minha calma
Embriagada minha alma
Efeitos da tua sedução

Jamais pensei em minha vida
Sentir tamanha emoção
Será que o amor por irônia
Move esta fantasia, vestida de obssessão?

A ti confesso que me apaixonei
Será uma maldição?
Não sei




Hoje Cartola faria 100 anos :T O cara era foda vei, sambista de primeira.
Querobebertchau.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

É só um cara. E não a sua vida. E não todos os dias da sua história. E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. Ele não é o destino. É um cara. Existem muitos destinos.Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes. Não sabe sangrar. Não sabe que nome daria a um filho. Não pode ficar mais tempo. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu.

Ele é só um cara. E você já esqueceu outros caras antes.



deeestrói meu coração, destrói :~

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida – ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o"

Nietzsche arrassou.




Cidade movida a porra da política, ô tormento -.-'

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro?Deve haver um porto.


Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível.'



estou indo bombar em Jampa, beijos.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Bom, para começo de conversa", comecei, ainda lhe apresentando um sorriso ameno e tranqüilizador, "você é um canalha e sabe disso. Tem medo de alguma coisa, ainda não sei do quê, mas vamos chegar lá. Comigo, você faz de conta que é simplório, um joão-ninguém, mas de si para si tem-se na conta de muito esperto, de importante, de durão. Não tem medo de coisa alguma, não é mesmo? Tudo conversa fiada, e você sabe muito bem. Vive cheio de medo. Diz que agüenta. Agüenta o quê? Um murro no queixo? Claro que agüenta, com uma cara de concreto feito a sua. Mas será que agüenta a verdade?".

(Henry Miller)


kkkkkkkkkk :x

CARALEO :0
já acabou setembro :~
- Menos saudade nesse mês.