terça-feira, 30 de março de 2010

I'm trying, I'm trying
To let you know just how much you mean to me
And after all the things we put each other through and

But this time, I mean it
I'll let you know just how much you mean to me
As snow falls on desert sky
Until the end of everything
I'm trying, I'm trying
To let you know how much you mean
As days fade, and nights grow
And we go cold

Demolition Lovers - MCR

domingo, 28 de março de 2010

Você é igual a todos os outros e todos os outros são: lixo. O amor não existe, e, se existe, não dura pra sempre. E, se não dura pra sempre, não é amor. E nada dura pra sempre. E então o amor não existe.
Estou amarga com simplicidade, e isso é relaxante já que vivo cheia de complicações. A amargura é muito mais simples que a esperança. Estou triste do tamanho do buraco sem vida que você deixou em mim, uma concavidade sonhadora que ainda pulsa um desejo que ao mesmo tempo enoja.

Ainda sinto você aqui dentro e toda a energia boa de vida que esta lembrança poderia gerar em mim, mas essa energia sem escape, sem válvula, sem história, essa energia inocentemente transformada em ódio, só carrega ondas que me corroem por dentro.

Mas para não sentir dor eu vou jurar ao último ouvido do meu universo o quanto você é descartável. O quanto sua molecagem não permitiu nenhuma admiração de minha parte.
Para não sofrer não vou permitir minha cabeça no travesseiro antes do cansaço profundo e sem cérebro. Não vou permitir admirar coisas da natureza porque talvez eu me lembre de você ao ver algo bonito.
Não vou permitir silêncios porque é aí que o meu fundo transborda e a tristeza pode me tomar sem saída. Eu vou continuar deixando a minha cabeça me martelar porque toda essa confusão é ainda menos assustadora do que a calmaria da verdade.
A verdade é a frieza do mundo, é a podridão dos desejos, são as mentiras que a gente inventa para os outros e acaba acreditando. A verdade é que mais cedo ou mais tarde você será traído, porque todo mundo tem medo de viver a entrega. A verdade é que ninguém se entrega porque ninguém se tem. A verdade é que não estamos aqui, estamos em algum lugar seguro vivendo nossas vidas medíocres. A verdade é que todo esse perfume é vergonha de nossa essência, todas essas marcas são vergonha do nosso corpo, todo esse charme despretensioso é vergonha de nossas fraquezas. A verdade é que nada é inteiro porque até o inteiro para ser todo precisa ter seu lado vazio. A verdade é que não dá para fugir da dor, e eu continuo correndo, correndo, correndo e não saindo do mesmo lugar."

sexta-feira, 26 de março de 2010

Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres.

Pode parecer maluco, mas todas as minhas súplicas para que você desista de mim, é um jeito maluco de pedir que você não desista nunca, pelo amor de Deus. "



Uma bebida e um amor sem gelo, por favor!

quinta-feira, 25 de março de 2010

"Eu te amava depois do banho, eu te amava indo trabalhar sujo de mim, eu te amava humano e eu te amava, sobretudo, alienígena e com sono de sentir a vida.
Sinto saudades de respirar o mais profundo possível, como já escrevi antes, perto de sua nuca. E descobrir novidades sem nome e sem solução. Sinto saudades de me perder tentando entender de que tanto você sorria, de que tanto você brilhava, de que tanto você se perdia e se escondia.
Peço licença ao meu ódio tão feio e tão infinito para te amar só mais uma vez. Quero te amar sozinha aqui, na minha casa nova, em minha quase nova vida. Quero esquecer todo o nada que você representa e dar contorno aos desenhos que não saem da minha cabeça. Nunca entendi seu coração, nunca entendi seus olhos, nunca entendi suas pernas, mas só por hoje queria poder lamber sua fumaça para que ela permanecesse mais, pesasse mais.
É libertador esquecer meu desejo de vingança, a vontade que tenho de explodir sua vida, o vício que tenho de passar mil vezes por dia, em pensamento, ao seu lado. E pisar em cima da sua inexistência e liberdade. Chega disso, só pelo tempo em que durarem estas letras e a música que coloco para reviver você, vou te amar mais esta vez. Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.
Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como podia ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo. Ainda assim, há meses, há séculos que se arrastam deixando tudo adulto demais, morto demais, simples demais, exato e triste demais, eu sinto sua falta com se tivesse perdido meu braço direito.
Esse amor periférico, ainda que não me deixe descoberto o peito, me descobre os buracos. Não são de suas palavras que sinto falta. Não é da sua voz meio burralda e do seu bocejo alto demais para me calar e me implorar menos sentimentos. Não é, tampouco, do seu abraço. Sua presença sempre deixou lacunas e friagens que zumbiam macabramente entre tantas frestas sem encaixe.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu.
Sinto falta mesmo, para maior desespero e inconformismo do meu coração metido a profundo, engolir sua simplicidade, me rasgar com sua banalidade, calar sua estupidez, respirar seu ronco, tocar sua inexistência, espirrar com sua fumaça. Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, uma pessoa sem poesia, sem dor, sem assunto para agüentar o silêncio, sem alma para agüentar apenas a nossa presença, sem tempo para que o tempo parasse. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza.
Sinto falta da raiva, disfarçada em desprezo, que você tinha em nunca me fazer feliz, sinto falta da certeza de que tudo estava errado, mas do corpo sem forças para fugir, sinto falta do cheiro de morte que carregávamos enquanto ainda era possível velar seu corpo ao meu lado, sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, de não dar conta, de não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.

Tati Bernardi

segunda-feira, 22 de março de 2010

Eu não sei quando o mundo decidiu virar as costas pra mim e pra minha família, mas só quero dizer que basta, não tem mais graça!
É por essas e outras razões que às vezes me bate a insegurança em relação a Deus, e também não sei porque a primeira coisa que fazemos é culpar Ele, eu não tou aqui pra culpar ninguém, talvez se não colocassemos tudo em Suas mãos não teria tanta cobrança. O mundo também pertence a nós e nem tudo tem que esperar por Deus, mas ultimamente a pessoa que sofre é a que sei que menos merece. Forgive me God, quando eu insisto em culpar alguém ou a vida mais a barra, o peso e a responsabilidade sobre mim está enorme e eu sou tão pequena!! Eu sei que ninguém está me cobrando isso, mas eu mesma faço porque isso é meio que instinto, tentamos retribuir o que nos foi dado com tanto suor, but now eu não estou aguentando esse peso, just now. Talvez amanhã eu melhore, faça mil promessas e até sorria. Mas que o mundo anda injusto, anda . E eu não estou reclamando de amorezinhos perdidos ou mal-compreendidos, estou falando de coisa séria.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Todo o sentimento

Uma vez me perguntaram de onde se tira forças pra continuar a vida, na hora não soube responder e pensei coisas como "Que tipo de gente faz perguntas assim?" Quando será que viver não vale a pena a ponto de se questionar onde está a força, a causa, a vida. É claro que pode-se deduzir que não tinha vivido nem um terço do que já vivi, que também não é muito. Viver tem dessas coisas, este tipo de teste, diria fé? Não sou muito boa nessa coisa de fé - e tenho falado com Deus, com os Orixás, com - Sim, mas falava da força. Acredito no 'maktub' e nos ciclos da vida, somos destinados sempre a alguma coisa, mas aí vem a parte que dói, ao que? Seus pais dizem que para estudar - "Continue tirando notas assim que irás passar mesmo pra medicina" - tá certo que escolher cuidar dos problemas dos outros ajuda a esquecer os seus, mas até quando? Até quando você sabe onde é a escolha certa? Mas não venhamos aqui com falsos moralismos, quero, acredito e tenho que pagar o preço - a abdicação, talvez? Mas não vim aqui pra isso, hoje parei pra pensar em coisas como aquela de continuar a vida. Lembro-me de coisas nada haver (ou t u d o h a v e r?), como uma que li que dizia que a vida da mulher se resume no amor, que de um jeito ou de outro, tudo tem haver com o seu amor. Não preciso nem citar aqui que a minha não é e nem nunca foi ou talvez seja ou talvez não saiba, ter um amor é importante mas ter que equilibrar amor com vida não é fácil. E me pego sempre aqui perdida nas palavras, confusa nos sentimentos. Será mesmo que tudo tem haver com amor? Odeio essas minhas contradições, mas acredito também que - será que sempre amei e nunca soube? - Teria mesmo chegado ao ponto de dizer amor? Teria, teria sim, teria dito amor e relacionamento e rompimento e afeto. Será que toda essa loucura não passa de falta? Meio que "há sempre alguma coisa ausente" ou apenas cansaço, não disto nem daquilo nem tampouco de nada você me entende? Tive medo de cair hoje, do mundo desabar mas tem uma coisa que não me deixa e tenho agradecido. Queria mesmo uma história bem feliz, como a que vivi no sábado todos na praia de noite de porre na pureza do momento na simplicidade do momento e deixe que o tempo cure m-e-o-b-e-m. "Não te negues, minha sede é clara", merda, sempre acabo pensando nisso e no momento e no talvez e no que será que está acontecendo aqui por dentro, Dio, amor disfarçado, amor remendado, amor comandado, amor (re)novado inovado (re)amado, amor, esse amor, este cansaço, essa vida.

Por mim.

segunda-feira, 15 de março de 2010

" (...) Olhar com amor requer um tempo que pessoas de passagem não podem e não devem ter e eu, em vão, tentei ser aquele maluco da plateia que agarrou o corredor rumo ao pódio solitário.
Você está certo em exibir ao mundo tantos dentes e tão brancos. Eu é que estou errada quando paro um pouquinho para olhar com tristeza esses sustos do amor. Não tem mais você tirando sarro quando eu não aguentava a dor no peito e te dizia no escuro que era mais ou menos amor mesmo. Porque era. Porque é. Se você soubesse o estado que estou agora, zumbi, pegando detalhes seus por aqui, e doendo tanto que nem sei mais por onde começar. Eu não aguento mais começar. Queria tanto continuar. Não sei, não aguento, ainda não posso, mas queria continuar. (...) Me perdoe pelos meus mil anos à frente dos nossos segundos e pela saudade melancólica que eu senti o tempo todo mesmo sendo nossos primeiros momentos. Pelo retesamento na hora de entregar. Pela maneira como eu grito e culpo quem tiver perto por uma angustia que sempre foi e será só minha e que eu sempre suporto mas quando sinto amor fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal. Me desculpe por eu ter querido tanto ficar bonita e perfeita e só ter conseguido olheiras e ossos. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Ou senti sem pensar e isso pra mim é como meus medos das drogas e então precisei roubar a chave do carro do seu bolso pra me proteger de não olhar mais uma vez você e nunca mais voltar pra casa. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma.
Enfim. Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói. Eu tentei com todas as forças amar você e agora sofro com todas as forças pelo buraco que ficou entre o sofá e a planta e o meu coração. Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs com o iogurte que eu odeio mas que é a única coisa que passa pela garganta quando o dia tem que começar. Vou voltar para aqueles e-mails chatos de pessoas que eu odeio mas que pagam esse apartamento sem você. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém. E que se foda o amor próprio.
Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri levantando que nem criança o lábio superior direito e como eu gosto de você por isso e por tudo e mesmo quando é ruim e sempre quando é incrível e ainda e muito e por um bom tempo."

domingo, 14 de março de 2010

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz."



Me perdoa se eu me excedo em minha euforia, mas é que agora sei o que é felicidade."


JP foi maravilhoso, em relação a tudo, para tudo.
Saber que pode ser/estar feliz é a melhor coisa do mundo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Paranóias de lado, é como um complô para que a gente mergulhe num fazer neurótico de coisas, ansiosamente, sem tempo para nós mesmos e as nossas ficções. Para que a gente desista, todos os dias. Você sabe que não devemos, que não podemos e, principalmente, que não queremos. Eu não sei se um dia as coisas realmente mudarão mas procuro, em tudo que escrevo (que é o meu jeito de agir sobre o mundo) colaborar de alguma maneira para que essa mudança venha. Você sabe, estou saindo de um momento muito escuro, então tenho procurado não deixar que as minhas dores pessoais – do meu ponto de vista: enormes – interfiram no meu viver objetivo.'

segunda-feira, 8 de março de 2010

Posso te dizer que estou perto de Deus, e que estou feliz, gostando de viver (é maravilhoso poder dizer isso) e conseguindo transmitir um monte de coisas boas às pessoas que me cercam."

quinta-feira, 4 de março de 2010

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva."

terça-feira, 2 de março de 2010

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Nando Reis - Pra você guardei o amor (a mais bela)