quinta-feira, 16 de abril de 2009

(Mas apenas e antigamente guirlandas sobre o poço - Caio F.)
...e ainda que você me sacuda e diga que me ama e que precisa de mim: ainda assim não sentire o cheiro das águas podres [...] e afastarei você com o gesto mias duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove e que sua precisão de mim não passa de fome e que me devoraria como eu devoraria você, ah se ousássemos[...] E um encontro sem procura era tão inútil quanto uma procura sem encontro."

esse livro de Caio ta me matando =~

(31 de janeiro - Carta do espaço sideral para não ser enviada a Angie - Caio F.)
...e então você ensaiasse um gesto feito um toque para chegar mais perto, apenas para chegar mais perto, um pouco mais perto de mim. Então quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado. [...] Vem para que eu possa acender incenso do Nepal..., mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis, dos meus muitos ou nenhuns eus. Vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim..."

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